Nova ferramenta registra os atendimentos nos serviços de saúde, como estimulação precoce, consultas especializadas, exames de imagem realizados, entre outras informações, que possibilitarão o monitoramento da atenção prestada a essas crianças, e ainda a formulação de ações para o enfrentamento do problema.
Entrou no ar nesta terça-feira (26) o Sistema de Registro de Atendimento às Crianças com Microcefalia, o Siram. Ele foi desenvolvido para acompanhar, de forma permanente, o atendimento das crianças com suspeita ou já diagnosticadas. A plataforma está disponível para os gestores públicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) e também para os gestores da rede privada de Saúde. O sistema, sob gestão do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (Dapes), foi desenvolvido pelo Datasus, a partir de decisão do Grupo Técnico de Microcefalia da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS).
“O sistema foi criado para responder três questões fundamentais para os gestores e gestoras do SUS. São elas: quem são, onde estão e em quais especialidade essas crianças estão sendo atendidas”, explica a diretora-substituta do Dapes, Cristina Marques. Ela conta que nas próximas semanas, o MS capacitará, de forma presencial, os profissionais e gestores dos estados e municípios – prioritariamente das regiões Norte e Nordeste, as mais atingidas pela epidemia, “Esses profissionais serão responsáveis por preencher as informações sobre o acompanhamento das crianças nos serviços de saúde”, detalha Cristina. Ela diz que o MS disponibilizará guias e manuais sobre o funcionamento do sistema.
O Siram registra os atendimentos nos serviços de saúde, como estimulação precoce, consultas especializadas, exames de imagem realizados, entre outras informações, que possibilitarão o monitoramento da atenção prestada a essas crianças, e ainda a formulação de ações para o enfrentamento do problema.
A iniciativa faz parte das estratégias para qualificação da atenção às crianças com microcefalia. Atualmente, o MS apoia e incentiva os estados e municípios, por meio da Estratégia de Ação Rápida, para que realizem a busca-ativa dos bebês nascidos com suspeita de microcefalia. A medida tem por objetivo acelerar o diagnóstico, o encaminhamento para a estimulação precoce e, eventualmente, para os serviços de reabilitação e atenção especializada, com o investimento pela pasta de, pelo menos, R$ 10,9 milhões, sendo R$ 2,2 mil por criança. O processo permitirá o encaminhamento assistencial mais adequado às necessidades de cada criança.
Portal Conass, abril 2016