O último dia 23 de outubro ficará marcado como uma data importante para a consolidação da pesquisa científica em prol da saúde pública na região Sul do país. O Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná), unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz no Paraná, inaugurou oficialmente a reforma e ampliação de suas instalações, localizadas no Parque Tecnológico da Saúde (Tecpar), em Curitiba. O moderno e produtivo centro de pesquisa biomédica apresentou aos convidados seus novos 1.200m² e a reforma em mais 1.800m², reafirmando o crescimento registrado nos últimos anos. A cerimônia contou com a presença de autoridades como o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha e do prefeito da cidade de Curitiba, Gustavo Fruet, além de da vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa; da vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação, Nísia Trindade; de representantes do Ministério da Saúde; do Tecpar; da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba; da Secretaria de Estado de Saúde do Paraná; da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná; da PUC Paraná; e da Fundação Araucária.

Inaugurado em agosto de 2009, o ICC teve sua origem em 1999 com a criação do Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), resultado de uma parceria da Fiocruz com o governo do Estado. Com atuação expressiva nas áreas de bioquímica, biologia molecular e celular, virologia, biotecnologia, caracterização de células-tronco e uma forte característica de inovação, conta com sete laboratórios para o desenvolvimento de pesquisa científica, sete plataformas científico-tecnológicas e uma força de trabalho que abrange mais de 200 colaboradores.

 Na abertura da cerimônia, ao saudar os presentes, o diretor do ICC, Samuel Goldenberg, reforçou a importância do trabalho em conjunto para alcançar os resultados. “Hoje completamos a etapa de modernização da Fiocruz Paraná e comemoramos um 2015 emblemático para o ICC, já que reafirmamos nosso crescimento e nossa capacidade de respondermos aos desafios. Nos últimos anos, acompanhamos a realização de concurso, a entrada de novos servidores e registramos um investimento de mais de R$20 milhões em obras de reforma e ampliação, construção de novos espaços e aquisição de equipamentos de última geração”, declarou Samuel. “Todo esse empreendimento só se tornou possível graças ao apoio da presidência da Fiocruz. As novas instalações do ICC fazem parte de um projeto maior de nacionalização da Fundação, de extrema importância para o desenvolvimento científico e também para as políticas públicas de saúde do Ministério da Saúde”, disparou o diretor do Instituto, ressaltando que os investimentos foram realizados, em sua totalidade, pela Fiocruz.

 A característica de inovação do ICC foi tema da fala do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, que associou o perfil da instituição à capacidade da cidade em atrair novos talentos e projetos na área. “Apesar do momento desafiador que vivemos, é preciso pensar no plano diretor da cidade, pensar no futuro e nas tendências para os próximos anos. Curitiba tem uma forte presença de faculdades e universidades, além de um perfil de prestação de serviços acima da média brasileira e um índice de inovação em diferentes áreas que vai além da atuação do poder público. Por isso, temos o perfil para receber um projeto dessa natureza, com essa mão de obra tão qualificada. É uma honra, para nós curitibanos receber esse investimento e contar com essa confiança”, agradeceu Fruet, reafirmando o compromisso da prefeitura em firmar parcerias com o ICC.

 O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, falou aos presentes e agradeceu a dedicação da equipe da Fiocruz Paraná. “Nós últimos anos, a Fiocruz renovou sua visão nacional e há um processo bastante intenso para reforçar sua nacionalização. Em Curitiba, tivemos nossa primeira extensão significativa consolidada. Parabenizo toda equipe pelo excelente trabalho”, destacou Gadelha, saudando também os representantes do Tecpar e reforçando a importância dessa e das demais parcerias.  “Outra dimensão importante é a do desenvolvimento e produção, que está associada à atuação do IBMP. Para nós, a cooperação comprova que a atuação do ICC está presente não só na concepção da pesquisa, mas também na gestão da Ciência e Tecnologia. Mesmo na fase inicial, quando visitamos o Instituto, já percebemos o cuidado, a composição, a forma de compartilhamento das plataformas, as questões de biossegurança e do estímulo de convivência entre os colaboradores, o que só reforça a excelência da gestão dessa unidade”, declarou.

Paulo Gadelha também lembrou o cenário delicado vivido pelo país na esfera econômica e política, mas demostrou otimismo ao citar as ações da Fiocruz que contribuem para um futuro promissor na área da Saúde. “Apesar dos momentos de turbulência, nós temos a capacidade, em conjunto, de atravessar esse período, com resiliência, garantindo aquilo é essencial, não deixando esterilizar projetos de futuro significativos e voltar a dar grandes saltos. Na Fiocruz, trabalhamos com iniciativas de prospecção de futuro como a o projeto Brasil Saúde Amanhã, que atualiza, a cada passo, a prospecção de cenários para os próximos 20 anos, analisando o campo da C&T, seu recortes e desafios, apontando os caminhos para atender as demandas que virão”, finalizou o presidente da Fiocruz.

Exposição “Trabalha Dores” é aberta durante a programação

Com patrocínio e apoio cultural da Associação dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Asfoc), a exposição “Trabalha Dores”, do fotógrafo e servidor da Fiocruz Itamar Crispim foi aberta durante as atividades. A mostra traz registros fotográficos, em 34 painéis, de um olhar artístico do andamento das obras de ampliação e reforma do Instituto. O objetivo foi o de humanizar o desenvolvimento da construção, exaltando a esperança ou desesperança dos que contribuíram para sua realização. A exposição seguirá, nos próximos meses, de forma itinerante, para as demais unidades da Fiocruz.

Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná), 26/10/2015