A ONU e 19 instituições financeiras e investidores do mundo todo, totalizando 6,6 trilhões de dólares em ativos, lançaram na terça-feira (31/01) um conjunto de diretrizes globais que visa a canalizar investimentos para o desenvolvimento sustentável.

Os Princípios para o Financiamento de Impacto Positivo fornece a instituições financeiras e investidores um conjunto de diretrizes globais que poderão ser adotadas por diferentes setores, incluindo crédito para varejo e atacado, empréstimos corporativos e administração de recursos.

“Atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) — o plano de ação global para erradicar a pobreza, combater as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente — deverá custar entre 5 trilhões e 7 trilhões de dólares a cada ano até 2030”, destacou o chefe da Iniciativa de Financiamento Ambiental da ONU, Eric Usher, em um comunicado à imprensa.

“Os Princípios de Impacto Positivo são uma mudança de jogo, que ajudará a canalizar centenas de trilhões de dólares para projetos de energia limpa, de baixo carbono e inclusivos”, acrescentou Usher.

De acordo com ele, as diretrizes irão ajudar credores e investidores a analisar, monitorar e divulgar os impactos sociais, ambientais e econômicos de seus produtos e serviços financeiros.

“Com a eclosão dos desafios globais como as mudanças climáticas, o crescimento populacional e a escassez de recursos, o setor financeiro precisa se adaptar urgentemente e ajudar a trazer as mudanças necessárias em nossos modelos econômicos e de negócios”, declarou o vice-diretor-executivo do banco Société Générale, Séverin Cabannes.

Os princípios foram desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho de Impacto Positivo, um grupo da Iniciativa de Financiamento Ambiental da ONU formado por investidores e representantes de instituições financeiras, como parte da implementação de um plano desenhado pelo Manifesto de Impacto Positivo lançado em outubro de 2015.

A iniciativa é apoiada pela ONU Ambiente (PNUMA) e por vários bancos, entre eles Société Générale, Itaú Unibanco, BNP Paribas, Pax World e Standard Bank.

Fonte: ONU Brasil