O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta quinta-feira, 14/04, pesquisa realizada por seu Grupo de Conjuntura(Gecon) sobre a economia mundial. A seção já está disponível no Blog de Conjuntura:http://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/
O trabalho analisa a evolução, nos últimos meses, das principais economias mundiais, como Estados Unidos, China, União Europeia e Reino Unido, e aponta as tendências para os próximos meses. O destaque é dado ao Brexit, que gera consequências não só nos principais países desenvolvidos, mas também em economias emergentes como a brasileira.
O estudo aponta os desafios e as alternativas encontradas pelos países desenvolvidos para combater os efeitos negativos do Brexit. O grupo de Conjuntura aponta uma provável postura expansionista por parte dessas nações, a fim de diminuir os possíveis danos de uma separação entre o Reino Unido e a União Europeia. Com isso, na perspectiva dos países emergentes, a aversão ao risco e, por consequência, os fluxos de capital, foram afetados pelo Brexit desde o início de junho. Destaca-se a valorização das moedas nacionais e a continuidade da recuperação dos preços de commodities.
Na economia norte-americana, o texto indica um crescimento ainda marcado por incertezas. O comportamento do consumo das famílias e do setor de construção residencial são as bases que definem a expectativa de aceleração do crescimento dos Estados Unidos. Em maio último, o nível de confiança do consumidor norte-americano cresceu 6,4% ante abril – a maior variação desde o final de 2013. Outros indicadores, como os investimentos não-residenciais, apontam na direção contrária.
A China continua passando por um processo de desaceleração da atividade econômica. A queda dos investimentos residenciais e em infraestrutura, que haviam sido o maior estímulo à economia chinesa em anos anteriores, mostram tendências adversas. O quadro futuro tende a se mostrar mais negativo com a derrocada das exportações, principalmente no setor industrial.
IPEA, 14/07/2016