O Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para a Saúde (Cidacs) da Fiocruz Bahia, em parceria com o Ministério da Saúde, inaugurou em maio a Plataforma Zika – Plataforma de vigilância de longo prazo para a zika e microcefalia no âmbito do SUS. O objetivo da plataforma é desenvolver e adotar instrumentos, protocolos, procedimentos e outras metodologias de colaboração e compartilhamento entre instituições governamentais e pesquisadores no Brasil e no exterior, visando estudar as consequências da infecção pelo vírus zika na gestação, parto, puericultura e juventude, por um período inicial estimado de 30 anos.

A plataforma atua em cinco eixos: Epidemiologia, Pesquisas, Redes, Segurança e Ciência aberta. O projeto tem o Cidacs como eixo operacional. Estruturado no início de 2017 no Instituto Gonçalo Moniz (IGM/Fiocruz Bahia), o Centro foi criado para auxiliar na busca de soluções a lacunas de conhecimento em saúde desenvolvendo pesquisas e projetos científicos, utilizando grandes volumes de dados de bases governamentais. Cada tema é desenvolvido de acordo com uma plataforma; a Plataforma Zika se insere nesse contexto, buscando para gerar avanços na compreensão do espectro clínico da zika e da síndrome congênita associada ao vírus.

Atividades desenvolvidas e em curso:

– Oficinas de Trabalho: serão realizados três encontros presenciais dos colaboradores da Plataforma Zika. Dois já ocorreram, o 1° em 17/6/2016 em Brasília, e o 2º em 20/7/2017 em Salvador. O 3º será 8/12/2017, também na capital da Bahia;
– Cada eixo realiza reuniões periódicas para debate e desenvolvimento dos instrumentos e metas estabelecidas.

Eixo1:
– Fase de elaboração da estrutura lógica da Coorte;
– Preparação das bases de dados;
– Documentação das etapas.

Eixo 2:
– Realização de prospecção de pesquisas e pesquisadores;
– Desenvolvimento de análise de rede;
– Acompanhamento das pesquisas em desenvolvimento.

Eixo 3:
– Organização das Feiras de Soluções para Saúde, sendo uma em cada região do Brasil e a primeira será realizada em Salvador/Bahia no período de 08 a 10 de agosto de 2017;
– Organização da 1ª Maratona de Desenvolvimento de Soluções Tecnológicas para enfrentamento da Zika e Síndrome Congênita (Hackathon Zika) durante a Feira de Soluções para Saúde em Salvador;
– Estabelecimento de parcerias com diversas instituições.

Eixo 4:
– Adoção e adaptação de metodologia de curadoria, prevendo o recebimento, tratamento, preservação e acesso às bases vinculadas e desidentificadas;
– Documentação dos metadados de proveniência dos bancos de dados dos Sistemas de Informação em Saúde (Sinan, Sinasc, SIM, Resp) e de Bases Sociais (Cadastro Único, Bolsa Família e Condicionalidades);
– Estabelecimento de regras de acesso aos dados vinculados e desidentificados, no âmbito dos subprojetos da Plataforma Zika;
– Estabelecimento e acompanhamento da Política de Boas Práticas de Segurança da Informação, alinhados à legislação nacional vigente.

Eixo 5:
– Revisão bibliográfica sobre Ciência Aberta;
– Elaboração do Plano de Dados Abertos do Cidacs contemplando métodos e técnicas para captar, avaliar, indexar e disseminar dados administrativos e de pesquisa na plataforma sobre zika, seguindo os preceitos da ciência aberta;
– Formulação da política de dados abertos do Cidacs.

 

 

Fonte: Fiocruz