Um ano após a declaração de emergência por causa da microcefalia, o Ministério da Saúde amplia acesso ao diagnóstico e o cuidado às crianças e gestantes infectadas pelo Zika. Dentre as ações apresentadas para essa nova etapa, foram lançadas publicações voltadas para o tema: “Unificação de protocolos de Vigilância e de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika”; o “Guia para abordagem do desenvolvimento neuropsicomotor pelas equipes de Atenção Básica, Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) no contexto da Síndrome Congênita por Zika”; “O Cuidado às Crianças em Desenvolvimento” e a nova versão de “Diretrizes de Estimulação Precoce”.
O primeiro material, Unificação de protocolos de Vigilância e de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia relacionada à infecção pelo Vírus Zika, aponta novas orientações para qualificar a atenção e a vigilância, modificando a definição de caso e ampliando aqueles a serem notificados e investigados. “Agora, não serão somente as crianças com suspeita de microcefalia que serão investigadas, mas também aquelas com outras malformações, como craniofaciais, comprometimento de membros, perda de visão e audição”, explicou Dra. Thereza de Lamare da Coordenação-Geral de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde.
Considerando que todos somos diferentes, que temos capacidades e limitações diferentes, e por isso, alguns indivíduos precisam de mais estímulos para o seu desenvolvimento, o Ministério publicou O Cuidado às Crianças em Desenvolvimento: orientações para famílias e cuidadores, que traz uma série de orientações para profissionais da saúde e familiares, como práticas simples de cuidado e estimulação. Assim, a publicação auxilia pais e cuidadore,s sobre diferentes formas, a estimular as crianças durante as atividades da rotina diária. Outras informações sobre como pode ajudar as crianças a vencerem as dificuldades e ganhar mais autonomia, por meio de brincadeiras e durante a amamentação (crianças a partir de 3 meses podem perder o estímulo natural de sucção), também estão no material.
Voltado aos profissionais, o Guia para abordagem do desenvolvimento neuropsicomotor pelas equipes de Atenção Básica, Saúde da Família e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) no contexto da Síndrome Congênita por Zika, é um material de orientação e qualificação dos profissionais da Atenção Básica para o cuidado às crianças com alterações no desenvolvimento psicomotor.
O Ministério ainda disponibiliza aos profissionais a nova versão das Diretrizes de Estimulação Precoce: crianças de 0 a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (2ª edição), que atualiza as iniciativas de cuidado para os recém-nascidos com alterações neurológicas decorrentes do vírus Zika, e tem por objetivo orientar os profissionais do Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) sobre o acompanhamento das famílias e crianças com risco de alteração no desenvolvimento das atividades motoras (reflexos, movimento, habilidades…) e sobre a importância da estimulação na Atenção Básica.
Ampliando a assistência – A partir de agora, crianças cujas mães foram infectadas pelo vírus Zika durante a gestação passam a ser acompanhadas até os três anos de idade. O cuidado com as gestantes também será expandido: uma segunda ultrassonografia no pré-natal será realizada para identificar alterações neurológicas durante a gestação.
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