“O Brasil é pioneiro em muitas questões em relação às mudanças climáticas. Foi o primeiro país a ter um mecanismo de desenvolvimento limpo. E neste contexto de pionerismo, em que o país leva a sério o tema ambiental e mostra vontade de agir, surgiu o Fundo Clima”, explica Gustavo Luedemann, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea.

O diretor do escritório da Cepal no Brasil, Carlos Mussi, esclarece que o Fundo Clima é um mecanismo que o governo brasileiro criou para ajudar a financiar o impacto das mudanças climáticas que estão ocorrendo no mundo. “O Fundo trabalha tanto com questões de mitigação para evitar a própria mudança e de adaptação, como conviver com essas mudanças. É um fundo dividido entre recursos para empréstimos e recursos para doações, para atividades não reembolsáveis”, aponta.

Luedmann complementa que a parte não reembolsável do fundo atua financiando várias ações diretas com população no semiárido, com agricultores nos projetos de cisternas, por exemplo. “A possibilidade de se recorrer ao Fundo Clima para ações inovadoras tanto em redução de emissões quanto para as necessidades de adaptação dos efeitos das mudanças climáticas é muito válida”, conclui.

Confira mais informações no livro Avaliação do Fundo Clima, resultado de uma parceria entre o Ipea, a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Ministério do Meio Ambiente.

 

Assista à entrevista