A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) assinou, nesta quarta-feira (6/7), um acordo com o Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD / Fiocruz Amazonas) para fortalecer o manejo integrado de vetores na saúde pública. Entre as ações previstas está a expansão de uma estratégia de disseminação de inseticida por mosquitos.

“Esse acordo tem uma importância muito grande, para toda a Fiocruz, e principalmente para a Fiocruz Amazonas, pois nós estamos realmente alcançando o objetivo de transferir uma pesquisa para virar uma política de saúde pública, atingindo desse jeito um dos principais objetivos em se fazer pesquisa na saúde, para justamente transformar as nossas pesquisas em políticas que são utilizadas para o bem da saúde da nossa população”, salientou o diretor Fiocruz Amazonas, Sérgio Luz.

A iniciativa consiste em atrair fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictusaté pequenos recipientes, chamados de “estações de disseminação” (armadilhas impregnadas com larvicidas à base de hormônios criados em laboratório). A partir daí, as micropartículas do inseticida em pó aderem ao corpo do mosquito e são levadas por ele até os criadouros, em um raio aproximado de 400 metros. Quando as fêmeas pousam em criadouros (como copos de plástico e pneus) para botar ovos, as partículas de inseticida também entram na água, passando a ser letal para as larvas dos mosquitos.

Prevenção

O Aedes é um mosquito de vida doméstica, ou seja, vive no interior e nos arredores de domicílios. Dessa forma, ele se reproduz em qualquer recipiente artificial ou natural que armazene água limpa e parada. Para combater esse mosquito, que pode transmitir o vírus zika, dengue e chikungunya, é necessário limpar potes de vasos de plantas e vasilhames na parte externa do domicílio, tampar tanques e caixas d’água, evitar o acúmulo de lixo e desentupir calhas e ralos que impeçam o escoamento de líquidos, além de descartar recipientes em desuso que possam acumular água.

A prevenção é a melhor forma de evitar a infecção por zika, dengue e chikungunya. Para se proteger, a pessoa deve cobrir a pele com roupas de mangas compridas e calças; dormir em locais protegidos por mosqueteiros; e usar telas nas janelas e portas para reduzir o contato com mosquitos. Durante relações sexuais, é importante também a utilização de preservativos para evitar a transmissão por meio de fluidos corporais.

O uso de repelentes também é um meio de prevenção eficaz. No caso de gestantes, a Opas/OMS recomenda aqueles que contêm o princípio ativo DEET (N N-dietil-3-metilbenzamida), IR3535 (3-[N-acetil-N-butil]-éster etil ácido aminopropiónico) ou Icaridina (ácido-1 piperidinecarboxílico, 2-(2-hidroxietil)-1-metilpropilester). Esses produtos podem ser aplicados na pele exposta e devem ser usados em conformidade com as instruções do rótulo.

Agência Fiocruz de Notícias, 08/07/2016