Em novo fascículo da série “Uso Racional de Medicamentos”, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) aborda o uso de insulina para o tratamento da diabetes melito. A publicação, lançada nesta semana (28), é o penúltimo volume da iniciativa da agência regional da ONU.
Segundo a farmacêutica Tacila Pires Mega, autora do novo capítulo Diabetes melito: ainda a questão da insulina?, a descoberta da insulina em 1921 foi um marco para a saúde pública no século XX, revolucionando o tratamento da diabetes, que antes era tida como uma doença fatal e desde então passou a ser controlada pela terapia de reposição hormonal.
Avanços tecnológicos posteriores aumentaram a oferta da insulina, além de tornar o produto mais eficiente, seguro e fácil de conservar. As contínuas descobertas da ciência, porém, tiveram seu preço. O insumo ficou mais caro, sobretudo por conta da proteção do tratamento por patentes, que ainda são um obstáculo à redução dos custos da terapia.
Atualmente, os casos de diabetes, uma doença crônica não transmissível, configuram uma epidemia global. Para contornar o problema de saúde pública, um dos desafios apontados por Tacila é a falta de acesso às insulinas “humanas” ou análogas.
De acordo com a farmacêutica, o tratamento eficaz do distúrbio metabólico depende também de programas de educação que ensinem hábitos saudáveis à população. “Sempre serão necessários esforços integrados da sociedade, gestores, profissionais de saúde, pacientes e produtores de medicamentos para obtenção de resultados permanentes no controle do diabetes melito”, destaca.
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A série “Uso Racional de Medicamentos” da OPAS busca oferecer a profissionais, gestores e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) informações confiáveis e isentas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis. Saiba mais aqui.
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