A emergência sanitária provocada pelo novo coronavírus vem alterando drasticamente as formas de organização da sociedade, individual e coletivamente. Debater os cenários futuros para o Brasil e o sistema de saúde nesse contexto são os objetivos do seminário on-line “Conversando sobre o Brasil pós-pandemia”, que será promovido pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã no dia 9 de novembro, a partir das 10h, com transmissão on-line pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. Ao discutir os os efeitos da pandemia de Covid-19 sobre a sociedade brasileira, o evento propõe a reflexão sobre nossa autocompreensão, como coletividade, e o que podemos esperar para o futuro próximo, considerando o cenário internacional e o quadro latino-americano.
“A pandemia de Covid-19 trouxe desafios imediatos e de médio e longo prazo não apenas para o sistema de saúde, mas para todos os setores da sociedade. Repensar quem somos e propor novos caminhos para organização social é imprescindível para construirmos um futuro seguro e próspero. Fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), superar as desigualdades sociais e reinventar a ordem social são compromissos inadiáveis”, afirma o sanitarista José Noronha, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador executivo da iniciativa Brasil Saúde Amanhã.
Há 10 anos, a iniciativa Brasil Saúde Amanhã atua de forma pioneira na prospecção de cenários futuros para o Brasil e o sistema de saúde. “Trabalhamos com o horizonte móvel dos próximos 20 anos. Na última década, nos alinhamos ao marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, inspirados por seu imperativo ético: ‘Ninguém será deixado para trás’. Sem perder de vista esta importante referência global, redirecionamos, agora, o nosso olhar para 2040”, adianta Noronha.
Participam do seminário on-line o escritor, historiador, compositor e Babalaô Luiz Antonio Simas; a antropóloga Rita Segato, professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) e membro do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO); e a socióloga Adelia Miglievich-Ribeiro, professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), onde coordena o Núcleo
de Estudos em Transculturação, Identidade e Reconhecimento. O debate será dinamizado pelo pesquisador José Noronha; pelo sanitarista Paulo Gadelha, coordenador da Estratégia Fiocruz para Agenda 2030; e pelo pesquisador Leonardo Castro, analista do Centro de Estudos, Política e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).