Em março de 2013, Radis fez um levantamento junto aos recém empossados secretários municipais de Saúde de 10 capitais brasileiras, com o objetivo de mapear dificuldades e potencialidades que cada um deles dispunha para efetivar a construção de cidades mais saudáveis. Naquele momento, em meio a cenários diversos, distâncias e semelhanças foram registradas no diagnóstico e nas previsões feitas pelos gestores em Boa Vista, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Macapá, Palmas, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória. Dificuldades de comunicação com a gestão anterior, ausência de informações precisas sobre a rede de saúde e unidades sucateadas foram problemas relatados pelos entrevistados, além de unidades superlotadas; desabastecimento de insumos básicos; contratos irregulares e falta de continuidade na condução da política de Saúde. Diante dos problemas informados, os gestores argumentavam precisar de tempo para colocar os municípios em ordem e planejavam reestruturar a rede de assistência, investir na Atenção Básica e enfrentar o subfinanciamento. Para cumprir tais metas, demandavam maior participação dos governos estaduais e do Ministério da Saúde.
Três anos depois, repórteres da Radis visitaram quatro das capitais retratadas — Boa Vista, Teresina, Vitória e Florianópolis — para conferir o que mudou na administração da Saúde. Em Boa Vista, disputas políticas e falta de diálogo dificultam a gestão; em Florianópolis, o investimento é concentrado na Estratégia de Saúde da Família. Teresina registra avanços no combate à tuberculose e à hanseníase, mas enfrenta críticas em relação à divisão da gestão em três esferas; Vitória ainda sofre com a carência de médicos e da oferta de serviços de média complexidade. Entre carências e pequenas conquistas, as quatro cidades mostram diferentes realidades de gestão do SUS e expõem suas dificuldades em se alcançar a meta de se tornarem cidades saudáveis.
Confira as matérias que mostram a realidade de cada capital:
Revista Radis, março 2016