Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias de Direitos Humanos (SDH) e de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República, lançou, nesta quarta-feira (2), mais uma etapa da ampla campanha de conscientização sobre a saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT).
O objetivo da campanha com o slogan “Cuidar bem da saúde de todas. Faz bem para as mulheres lésbicas e bissexuais. Faz bem para o Brasil” é valorizar a saúde como um direito humano de cidadania e ressaltar que a população LGBT deve receber atendimento no SUS livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude da orientação sexual e identidade de gênero.
“A campanha lança o tema de como produzir um cuidado em saúde que se paute por alguns princípios fundamentais. O primeiro é o da inclusão. Não podemos falar da concretização da saúde como direito de todos enquanto tivermos pessoas excluídas. O segundo preceito é o enfrentamento do preconceito e de todas as modalidades de exclusão, de violência institucional, de recusa de atendimento e de não reconhecimento da escolha que homens e mulheres fizeram. O terceiro é o da garantia do acesso. Nenhuma mulher lésbica ou bissexual pode deixar de ser incluída ou ser tratada com preconceito ou ter o seu acesso aos cuidados necessários para a sua saúde colocados em segundo plano”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Já a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Eleonora Menicucci, enfatizou a necessidade de inclusão por meio de campanhas de equidades. “Precisamos aceitar cada vez mais a convivência com as diferenças e dizer não a qualquer tipo de violência contra qualquer pessoa e sim ao direito de ir e vir, como quiser, onde quiser, por quem quiser. É fundamental que gerações se permitam conquistar com muita luta o direito de existir, de existir comolésbicas”, avaliou.
É fato a violência sofrida pelas mulheres, e especialmente por lésbicas e bissexuais na realidade brasileira. Por vezes baseada no preconceito, discriminação e falta de informação, esta violência, quando perpetrada nos serviços de saúde, colocam-nas em situação de risco de adoecimento e sofrimento, o que exige ações e medidas de educação permanente voltada à sensibilização e conscientização quanto à equidade e diversidade, previstas nesta campanha.
A campanha prevê a distribuição de materiais específicos sobre cada grupo populacional que compõem a sigla LGBT. Serão produzidos e lançados separadamente peças publicitarias sobre a saúde de mulheres lésbicas e bissexuais, gays e homens bissexuais, travestis, mulheres transexuais e homens trans. As peças incluem cartazes para unidades de saúde do SUS, além de materiais informativos voltados para os profissionais de saúde e para movimentos sociais LGBT. Também serão veiculadas nas mídias sociais mensagens de sensibilização e informações sobre as necessidades de saúde dessa população.
Conasems, 03/09/15